O que fazer com 2016?
365 dias que transcritos
como “tempo” nos traz uma serie de confusões mentais, às vezes achamos que está
passando rápido de mais, brincamos com os sinais da velhice, chegando, “riso”,
outros momentos achamos que este mesmo tempo em especial, em 2016 estão intermináveis.
Nestes últimos dias tenho escutado algumas pessoas que parecem sofrer
desta mesma confusão, será que é mais um “mal” destes tempos?
Então passei a pensar nos motivos
desta confusão, claro pautando esta reflexões de minhas vivências em 2016, e
estou quase chegando à conclusão que o nome desta confusão é incerteza. Nunca
vivi um ano tão marcado pela surpresa, insegurança, perplexidade... Para quem
estudou como algo distante o “golpe militar de 64”, as “manobras dos Governos
de direita para perpetua o poder” e que se formou politicamente se mobilizando
pelas lutas dos movimentos sociais, populares, feministas... Que participou, defendeu,
torceu pela chegada do íncone “Lula, lá, lá” no poder, enfim presidente do
Brasil, da 1ª presidenta deste país “Dilma Rouself”. Vivi e sou fruto das
aberturas das possibilidades que os direitos conquistados, a luta contra o
racismo, as vivencias em defesa dos direitos das mulheres e as histórias de
resistência de mulheres simples, lutadoras e incansáveis mulheres da milha
família, de comunidades de Salvador que contribuíram para a mulher que sou hoje.
Esta mesma mulher que se encontrou em
2016 cheia de incertezas e preocupações com o desfeche de um ano cheio percalços
como: “Golpe parlamentar”, o fortalecimento de manobras políticas na direção do
desmonte dos direitos sociais e políticos, o aprofundamento de uma democracia
muda, surda e cega. A “onda generalizada da corrupção e da falta de ética” que vem sendo propagada como uma marca impregnada em toda a sociedade brasileira.
Você pode até pensar que este é um
cenário apenas geral, mas lembrando ainda falando de experiências, este ano foi também marcado no convívio local profissional com
pessoas totalmente sem escrúpulos éticos, políticos, que se escondem atrás de
bandeiras sociais “A” e ou “B” dizendo defender interesses coletivos, mas os
traços que marcaram campos importantes a nível local foram: o abuso de poder, a
exploração, o assédio moral, a vaidade exacerbada que tem em seu bojo a ideia de que para conseguir meu objetivo vou passar por cima de tudo e de todos. Relações
sociais doentias que podem deixar marcas profundas, matar para sempre sonhos, competências
e projetos de vida.
Este quadro é apenas um pequena exposição do que aconteceu neste ano de 2016, o mando e desmandos cavou a tal "crise" falados por muitos, mas vividos por aqueles que dependem da força de seu trabalho honesto. E referente a estes os dados revelam são mais de 12 milhões de desempregados, milhares de pequenas empresas fechadas, o universo do subemprego (terceirizados) sem receber meses de salários, etc. Claro vivemos os impactos da miséria causada pelos desajustes políticos e econômicos que representaram a marca do Brasil em 2016.
Enfim após muita reflexão sobre o ano
de 2016 será que não sobrou nada de positivo? Vixe. Vamos buscar lá no fundo,
não podemos esquecer “estamos vivas/vos”. Tenho adotado a seguinte estratégia, talvez sirva para você:
Em 2017 Se reinvente, lembre-se dos ensinamentos passados pelas suas avós e seus avôs,
pelos idosos que passaram em sua vida, vá de encontro àquela “onda generalizada
da corrupção e da falta de ética”, busque forças nas coisas que te dá prazer,
neutralize as convivências que te fazem mal, “finja” que perdeu as forças
quando necessário, dê alguns passos para trás e avance! Mas não esqueça: faça o
bem, incentive quem estar ao seu lado, mobilize outras pessoas, fortaleça
outras mulheres, ensine e aprenda com a troca de experiências e com a vida.
Claro que apenas isso não resolverá a situação do Brasil, mas nos fortalecerá para continuarmos lutando, nos organizando no enfrentamento e resistência a este quadro lastimável pintado na história do Brasil 2016.
Vamos reinventar nossas lutas! 2017 será mais feliz.