quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

O que fazer com 2016?

O que fazer com 2016?

Este ano foi realmente difícil, marcado por acontecimentos pessoais, sociais, econômicos e políticos que trouxeram para vida das pessoas, tristezas, tragédias, retrocessos, ou seja, situações que quase não nos deixa lembrar de coisas positivas que eventualmente se fizeram presentes nestes 365 dias do ano de 2016. 
365 dias que transcritos como “tempo” nos traz uma serie de confusões mentais, às vezes achamos que está passando rápido de mais, brincamos com os sinais da velhice, chegando, “riso”, outros momentos achamos que este mesmo tempo em especial, em 2016 estão intermináveis. Nestes últimos dias tenho escutado algumas pessoas que parecem sofrer desta mesma confusão, será que é mais um “mal” destes tempos?
Então passei a pensar nos motivos desta confusão, claro pautando esta reflexões de minhas vivências em 2016, e estou quase chegando à conclusão que o nome desta confusão é incerteza. Nunca vivi um ano tão marcado pela surpresa, insegurança, perplexidade... Para quem estudou como algo distante o “golpe militar de 64”, as “manobras dos Governos de direita para perpetua o poder” e que se formou politicamente se mobilizando pelas lutas dos movimentos sociais, populares, feministas... Que participou, defendeu, torceu pela chegada do íncone “Lula, lá, lá” no poder, enfim presidente do Brasil, da 1ª presidenta deste país “Dilma Rouself”. Vivi e sou fruto das aberturas das possibilidades que os direitos conquistados, a luta contra o racismo, as vivencias em defesa dos direitos das mulheres e as histórias de resistência de mulheres simples, lutadoras e incansáveis mulheres da milha família, de comunidades de Salvador que contribuíram  para a mulher que sou hoje.
Esta mesma mulher que se encontrou em 2016 cheia de incertezas e preocupações com o desfeche de um ano cheio percalços como: “Golpe parlamentar”, o fortalecimento de manobras políticas na direção do desmonte dos direitos sociais e políticos, o aprofundamento de uma democracia muda, surda e cega. A “onda generalizada da corrupção e da falta de ética” que vem sendo propagada como uma marca impregnada em toda a sociedade brasileira.
Você pode até pensar que este é um cenário apenas geral, mas lembrando ainda falando de experiências, este ano foi também marcado no convívio local profissional  com pessoas totalmente sem escrúpulos éticos, políticos, que se escondem atrás de bandeiras sociais “A” e ou “B” dizendo defender interesses coletivos, mas os traços que marcaram campos importantes a nível local foram: o abuso de poder, a exploração, o assédio moral, a vaidade exacerbada que tem em seu bojo a ideia de que para conseguir meu objetivo vou passar por cima de tudo e de todos. Relações sociais doentias que podem deixar marcas profundas, matar para sempre sonhos, competências e projetos de vida. 
Este quadro é apenas um pequena exposição do que aconteceu neste ano de 2016, o mando e desmandos cavou a tal "crise" falados por muitos, mas vividos por aqueles que dependem da força de seu trabalho honesto. E referente a estes os dados revelam são mais de 12 milhões de desempregados, milhares de pequenas empresas fechadas, o universo do subemprego (terceirizados) sem receber meses de salários, etc. Claro vivemos os impactos da miséria causada pelos desajustes políticos e econômicos que representaram a marca do Brasil em 2016.
  

Enfim após muita reflexão sobre o ano de 2016 será que não sobrou nada de positivo? Vixe. Vamos buscar lá no fundo, não podemos esquecer “estamos vivas/vos”. Tenho adotado a seguinte estratégia, talvez sirva para você: 

Em 2017 Se reinvente, lembre-se dos ensinamentos passados pelas suas avós e seus avôs, pelos idosos que passaram em sua vida, vá de encontro àquela “onda generalizada da corrupção e da falta de ética”, busque forças nas coisas que te dá prazer, neutralize as convivências que te fazem mal, “finja” que perdeu as forças quando necessário, dê alguns passos para trás e avance! Mas não esqueça: faça o bem, incentive quem estar ao seu lado, mobilize outras pessoas, fortaleça outras mulheres, ensine e aprenda com a troca de experiências e com a vida. 

Claro que apenas isso não resolverá a situação do Brasil, mas nos fortalecerá para continuarmos lutando, nos organizando no enfrentamento e resistência a este quadro lastimável pintado na história do Brasil 2016. 

Vamos reinventar nossas lutas! 2017 será mais feliz.    

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Poesia "Parece" ou você não quer "ver"? Ser mulher negra é Poder.


"Parece" ou você não quer "ver"? Ser mulher negra é Poder.


Gritar que Racismo não existe é fácil;
Que a “escravidão acabou” é fato;
Que todos são iguais está na Lei;
Que homens e mulheres têm os mesmos direitos, queremos, eu sei.
Então por que será que continuam a demarcar o chão que vou pisar?;
A formação que posso ter;
O trabalho para sobreviver;
O cargo, mas sem poder;
                                                      Ou até onde vou crescer.
Se consegue responder? não sei, mas eu aprendi a “ver” o que você jamais assumirá “ver”. 
Ainda vai me perguntar o que?
Vou resumir e dizer: é só perceber que a corrente invisível do racismo que demarca meu viver é que faz você vencer;
Mas esqueceram de te dizer: Que ser mulher negra também é Poder!.


                                                                                     Autora: Doranei Alves.

domingo, 6 de novembro de 2016

As correntes invisíveis da Escravidão.

O mês de novembro representa sempre a possibilidade de analisarmos um pouco mais profundamente o processo histórico da exclusão das negras/os no Brasil. E revisitar a história é sempre um bom começo, para alguns, expressão de ressentimento, para outros a forma de desatar os nós, e buscar verificar criticamente a nossa situação enquanto negras/os na Bahia, em Salvador, em pleno século XXI, exatamente em 2016.
Exatamente 2016 nos posiciona no tempo e espaço, e conseqüentemente nos faz lembrar que estamos após 128 anos de abolição da Escravidão, após os 358 anos deste modo de Produção que coloca o trabalho como a categoria que posiciona o lugar do homem no mundo. E quando nos referimos ao povo negro, este lugar foi o do trabalho escravo, subserviente, braçal (o do esforço físico), ou seja, e que mesmo após a dita “abolição da escravidão”, que, diga-se de passagem, já entendemos que foi diferentemente do ensinado durante tantos anos nas escolas públicas, conquistado pelas mulheres e homens, negras/os deste país e de outros países do mundo. O que de fato temos que fazer referência neste 20 de Novembro – Dia da Consciência Negra é dizer Viva a Zumbi dos Palmares, a Dandara, a Carolina Maria de Jesus.

O Novembro Negro tem que ser referenciado nos 365 dias do ano pois ainda hoje as negras/os vivem sob  as correntes “Invisíveis da Escravidão” os dados apontam isto, segundo o sistema PED em seu relatório 2015 “a população negra representa 92,4% da população economicamente ativa; 94,2% dos desempregados de Salvador. E as condições de trabalho? Nos setores de serviço (mulheres 74,6%; homens 47,8%) Construção (mulheres 1,3%; 18,2%) Comércio e reparação de veículos (mulheres 18,6% homens 19,6%), ou seja, ainda somos grande maioria com trabalhos “escravos domésticos” “escravos de ganho”, inseridos nas áreas de menos respeito, menos prestígios, menores salários, direitos trabalhistas não garantidos, sob nossa própria conta. Enfim esse 20 de novembro temos muito mais a resistir a PEC 241, ao retrocesso nos direitos sociais, ao Genocídio da População Negra.... às correntes invisíveis da escravidão e do Racismo. 

terça-feira, 4 de outubro de 2016

Vitrine Profissional: Histórias de Sucesso

Vitrine Profissional: Histórias de Sucesso.



      1.       SSemdebate – Fale um pouco sobre você e sua trajetória profissional:

Rose Rozendo – Sou mãe de Emily Rozendo, espiritualista, que acredito no ser humano cima de tudo, iniciei minha trajetória profissional aos 10 anos de idade quando me descobrir empreendedora, e iniciei meu primeiro negócio na feira da Cidade vendendo produtos da roça do meu pais, depois vir morar em Salvador, e fiz o curso técnico em Contabilidade, e descobrir uma organização de mulheres na comunidade do Calafate, onde vir mora na casa da minha tia Nair,  a qual moro até hoje.
A partir do Coletivo de Mulheres do Calafate minha vida ganhou outros rumos, comecei a participar ativamente da vida da comunidade, ir para cursos, seminários, rodas de conversa, e fui construindo meus conhecimentos sobre gênero, feminismo e garantia de direitos, onde não atuei na área, e fui trabalhar no Museu de Arte Moderna, lá fiquei por 10 anos, mas sem nunca desistir do meu sonho, "Ser Contadora".
 
Nestes anos casei, tive minha joia rara, e quando ela estava com dois anos resolvi tentar mais uma vez o vestibular, agora em uma Faculdade Particular, foi quando passei para o curso de Bacharel em Ciências Contábeis, e daqui começa uma segunda fase na minha vida profissional, já chego na graduação certa que queria me especializar em contabilidade para o terceiro setor, e assim fiz, ingressei no projeto de Extensão da Faculdade o NAEP – Núcleo de Praticas Contábeis, já no Terceiro Setor, onde pude aprender na prática, o que via na sala de aula, ao concluir a graduação já tinha minha empresa de contabilidade a A3C – Assessoria e Consultoria para o Terceiro Setor, em sociedade com uma amiga, Cida Leite que se casa e muda de  cidade, então fechamos a empresa.
 
 Em 2008 concluo a graduação e recebo o convite para ser chefa de gabinete de SPM – Superintendência de Politica para as Mulheres. Em 2009 assumo a assessoria de autônima econômica para a mulher no FIEMA – Fundo Municipal de Inclusão educacional de Mulheres Afrodescendente. Em 2013 assumo a Gestão do FIEMA, onde fiquei até 01 de setembro do corrente ano. Em 2014, passo a lecionar na Fundação Visconde de Cairu, onde estou até os dias atuais, e também profissionalmente estou atuando como empresaria do seguimento de Contabilidade e do Ramo de Beleza  e Cosmético, sou  consultora empresarial e finanças pessoais, professora da Conaprof, e Diretora executiva do Instituto Uniart.

2.       SSemdebate - Quando e como se deu conta de que precisava projetar sua carreira profissional?

Rose Rozendo – Quando aos 15 anos resolvi sair de uma cidade do interior para estudar na Capital e correr atrás do meu sonho de ser Contadora.

3.       SSemdebate  - Quais os pontos fundamentais de um Projeto Profissional? Quais os obstáculos e vantagens no desenvolvimento do mesmo?

Rose Rozendo – Projeto de Vida Profissional, estudos continuados, relacionamento (construir uma boa rede de network), identificar as oportunidades existentes em eu segmento e fazer uso delas , monitorar, avaliar e reestabelecer as metas do seu projeto de vida e correr para o abraço.

4.       SSemdebate – Diante do quadro de desigualdade entre homens e mulheres no mundo do trabalho, quais as estratégias que as mulheres precisam adotar para ter êxito na sua carreira profissional?

Rose Rozendo – Foco nos estudos e na carreira, alinhar com a família e usar a dificuldade como combustível para segui em frente. E fazer frente a movimentos de equidade nas relações de gênero, jamais se colocar a parte da sociedade e sempre pensar em todos.

5.       SSemdebate - Quais as dicas para se alcançar o carreira profissional de sucesso?

Rose Rozendo – Estudo continuado, nunca parar de sonhar e criar as estratégias para realizá-los, usar a tecnologia a seu favor, criar um boa rede de relacionamento  e ter inteligência financeira.

terça-feira, 27 de setembro de 2016

Diálogo entre os Saberes


Diálogo entre os saberes

      Existe um questionamento presente durante todo o processo de formação dos indivíduos durante os mais de 20 anos de escolarização exigidos na educação formal, que é: qual a importância deste conteúdo para minha vida? Para a minha Profissão? A relação entre os conteúdos trabalhados em sala muitas vezes não ficam claros como poderão ser utilizados no dia-a-dia. Este é um dos pontos que de fato “desanima” e dificulta o processo de aprendizado, deixando passar despercebida a necessidade de tais conteúdos.

     A partir de uma pesquisa realizada pela Fundação Lemann, com o título: Projeto de Vida: O papel da Escola na vida dos Jovens foi concluído, “Existe uma grande desconexão entre o conhecimento e as habilidades exigidos na vida adulta e o que ensinado na Escola” (Fundação Lemann; Pesquisa Projeto de vida; pg.05).

   Esta conclusão pode ser vivenciada em diálogos com jovens nas comunidades, na verificação do percentual de evasão escolar; na dificuldade de graduandas (os) em faculdades, ou seja, faz parte do nosso cotidiano. Então precisamos perguntar: O que fazer diante desta situação? Como tornar os conteúdos mais interessantes? Como fazer com que estes conteúdos dialoguem com a vida das pessoas? Como fazer com que estes sejam experieciados no cotidiano das educandas (os), Como fazer para que a escola seja uma grande encubadora de saberes, experiências e treino de habilidades.

     É evidente que aqui não teremos uma receita pronta, mas faz parte do nosso objetivo suscitar os questionamentos, vislumbrar as possibilidades e estabelecer a construção de um conhecimento situado e estimulador do crescimento pessoal e profissional. Esta reflexão precisa interessar aos educadores, docentes, bem como, aos educandos e discentes, pois o processo de aprendizado precisa ser dialética, conjunta.
     Uma das possibilidades é reconhecer os educando e discentes, em sua história, sua família, sua religião, sua comunidade como fonte de conhecimento. Neste sentido pode aparecer outros  questionamento no sentido da impossibilidade de dar conta de uma realidade diversa, multicultural, então podemos apontar para o caminho do perfil do alunado, perfil dos integrantes daquele curso ou graduação, a sondagem das habilidades existentes, a troca de experiências, ou seja, o diálogo entre os saberes. O diálogo entre conteúdos aprendidos e a prática profissional precisa ser constante e estimulada durante todo o processo de aprendizagem.

     Então agora o meu diálogo é com os educandas (os), graduandas (os), estudantes em geral, se o ambiente de formação não te propõe nestas perspectivas de construção do conhecimento, saiba que você é parte ativa deste processo e precisa estar atentas (os) nesta construção. Neste sentido vamos pensar juntas (os) em questionamentos que precisam ser freqüentes: Como estes conteúdos serão utlizados na minha profissão? Qual a importância e necessidades destes? Quais as habilidades necessárias? Quais dessas habilidades já detêm e quais precisam alcançar? Como posso promover um diálogo entre o aprendido na Escola, Faculdade, Curso com a minha realidade familiar, comunitária e profissional. Os questionamentos fazem parte do que Paulo Freire chama de curiosidade epistemológica e é fundamental no processo. Por falar no Mestre da Educação Popular, o mesmo diz “...que se precisa é possibilitar, que, voltando sobre si mesma, através da reflexão sobre a prática, a curiosidade ingênua, percebendo-se como tal, se vá tornando crítica. (Paulo Freire, 1996, pg. 30). 
Com esta reflexão seguimos firme na intenção de envolve-los em um processo coletivo e continuo de formação continuada, onde questionamos o posto, mas sobretudo nos colocamos como parte integrante da construção do conhecimento, tendo como fio condutor, o entrelaçamento dos saberes.
 
Verifiquem a Pesquisa da Fundação Lemann, citada no texto:

 
  

sábado, 24 de setembro de 2016

Vitrine Profissional: Histórias de Sucesso!

Vitrine Profissional: Histórias de Sucesso!

O Projeto SSemdebate comprometido com o seu desenvolvimento pessoal, profissional e social estará fazendo além das abordagens temáticas, compartilhando histórias e projetos profissionais de sucesso, por acreditar no processo de aprendizagem através das experiências. Nesta edição contamos com um rico diálogo com o Professor Tadeu Ferreet. Confira!
 
 
 
 
 
 
 
Tadeu Ferreet - Mestre em Desenvolvimento Humano e Responsabilidade Social. Profissional Coache, Professor, Consultor e Palestrante.
 
 
 
 
1.       SSemdebate – Fale um pouco sobre você e sua trajetória profissional:
Tadeu Ferreet – Natural de Salvador Bahia, morei dos 11 aos 20 anos na Cidade de Eunápolis onde conclui o segundo grau em escola pública, trabalhava durante o dia como assistente de escritório e estudava a noite. Retornei a Salvador com 20 anos para ingressar em uma faculdade e escolhi inicialmente o Curso de Ciências Contábeis. Continuei trabalhando e estudando, agora na faculdade no turno da noite. Sempre fui dedicado aos estudos, muito curioso, desejando aprender a cada dia. Trabalhei como Assistente Administrativo Financeiro em uma Fundação e após a Conclusão da Graduação ingressei na UFBA para uma pós em Contabilidade Gerencial com ênfase em Controladoria. Por curiosidade e vontade tentei uma vaga como professor em uma IES e fui selecionado. Agora trabalhava na Fundação e lecionava a noite as disciplinas de Contabilidade. Conclui uma graduação em Administração, fui bancário durante 5 anos e sempre lecionando. Não satisfeito continuei com as formações, fiz um o Mestrado em Desenvolvimento Humano, o curso de Coaching e depois me formei em Terapeuta. Deixei o Banco para trabalhar com Desenvolvimento Humano e cuidar das pessoas. Hoje, continuo lecionando, mas agora as disciplinas de Gestão de Pessoas, presto consultoria, realizo palestras, inclusive no exterior e atendo pacientes no processo de Coaching e Terapêutico.
2.        SSemdebate - Quando e como se deu conta de que precisava projetar sua carreira profissional?
Tadeu Ferreet –Foram dois momentos importantes. O primeiro ocorreu quando me vi no interior sem perspectiva de crescimento profissional e oportunidade de ingresso no ensino Superior e o segundo quando decidi mudar a carreira financeira para a carreira de pessoas.
3.       SSemdebate - Quais os pontos fundamentais de um Projeto Profissional? Quais os obstáculos e vantagens no desenvolvimento do mesmo?
Tadeu Ferreet - Coragem e foco. Essas são duas palavras importantes para projetar a vida pessoal e vida profissional, pois como muitos acreditam que não é possível, posso afirmar que é possível tanto quanto é imprescindível que as duas caminhem juntas. Os obstáculos serão muitos: medo de mudar, de arriscar, insegurança, instabilidade e principalmente muitas interferências externas, opiniões descabidas e decisões de terceiros. A certeza vem de dentro de cada um. É preciso estar bem, feliz e realizado nas duas áreas para que tudo flua e aconteça naturalmente.
4.        SSemdebate  - Quais as dicas para se alcançar o carreira profissional de sucesso?
Tadeu Ferreet– Criar um plano de ação com objetivos de curto e longo prazo, estabelecer metas e prazos para acompanhar cada etapa minuciosamente. O foco nesse momento é essencial.
 
Agradecemos ao Professor Tadeu Ferreet pelo seu profissionalismo, comprometimento e socialização de sua história de sucesso, esperamos contribuir com milhares e talvez milhões de pessoas no seu processo de desenvolvimento, pois o seu sucesso é a nossa satisfação.
 
Obs: Entrevista concedida e autorizada pelo Professor Tadeu Ferreet.
 

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Projeto Profissional, por que?


Projeto Profissional, Por que?
 
     Pensar nossa vida como um projeto é uma tarefa nada fácil, pois durante nosso processo de desenvolvimento pessoal, muitas vezes não somos estimuladas (os) neste sentido, até que a ficha cai e você percebe que seguindo a música de Zeca Pagodinho, “deixa a vida me levar, vida leva eu...”, os resultados podem até chegar, mas com certeza irão demorar mais e podem não atender as suas expectativas.
     O SSemdebate é um projeto que pretende também compartilhar experiências de vida. Neste sentido vou contar para vocês quando passei a entender que a vida, principalmente a carreira profissional precisa ser planejada, organizada, desenvolvida, avaliada e sempre replanejada. Foi há aproximadamente há 12 anos, quando durante minha graduação em Serviço Social, na Universidade Católica do Salvador, fiz parte de um projeto inovador, intitulado “Projeto Mentes e Portas Abertas” – POMPA do Instituto Cultural Steve Biko que na época tinha como objetivo principal: Formar jovens lideranças negras (os). Fazer parte desta proposta deu o tom diferenciado à minha formação profissional. Nas atividades formativas e práticas tive a oportunidade de entender que a ausência desta perspectiva de formação política é uma estratégia do “Poder Político” hegemônico para manter o “status quo”, ou seja, manter o atual cenário, situação, condição. No nosso caso a situação de desigualdade social.
     Em uma das oficinas em que participei no referido projeto, fiz o seguinte exercício:
     Pense como você pretende estar daqui a 05 anos? O que almeja alcançar? Qual a importância disto para sua vida? O que precisa fazer para alcançar? No período de quanto tempo estará avaliando este processo? E de forma interativa fui apresentada à metodologia de como pensar a vida ou a carreira profissional. Esta experiência foi exitosa para minha vida. O que em outro momento poderei compartilhar com vocês, pois agora o importante é que entenda a sua necessidade de pensar ou não, a sua vida e a sua carreira como um “Grande Projeto”.
     Então vamos lá, o principal objetivo de um projeto é formar uma proposta teórica e/ou prática para o alcance de objetivos e metas. O primeiro passo é pensar para qual área da sua vida, pretende desenvolver este empreendimento. Seria familiar? Comunitária? Profissional? ou uma proposta que se tranversalize em todas estas áreas?
No nosso caso, vamos tomar como exemplo, um Projeto Profissional. Estarei sugerindo aqui apenas um caminho para esta construção, através do delineamento do passo a passo que deve estar organizada de acordo as suas necessidade, pois não esqueça o projeto é seu.
Ø  Passo 01 – Pense um período de tempo para execução deste Projeto;
Ø  Passo 02 – O que pretende alcançar ao final deste tempo (Objetivo Geral);
Ø  Passo 03 – Ao longo deste tempo o que precisarei alcançar em curtos prazos (Objetivos específicos) que contribuirão no alcance do meu objetivo maior;
Ø  Passo 04 – Pense seus objetivos específicos (menores) e distribua-os em períodos de tempo, dentro do prazo estabelecido para o objetivo geral (metas);
Agora chegou uma hora importante, vamos pensar as estratégias?
Ø  Passo 04 - O que você precisa para alcançar seus objetivos? (liste o passo a passo);
Ø  Passo 05 - Com quem você  precisa e pode contar? (rede);
Ø  Passo 06 - O que vai precisar deixar de fazer para se dedicar ao seu projeto? (foco);
Ø  Passo 07 - Como fará seu auto acompanhamento e auto cobrança? Esta cobrança pode ser feita também por outra pessoa (isso te ajudará);
Ø  Passo 07 - Qual período de tempo estará realizando a avaliação do seu Projeto?
Se durante sua avaliação alcançou alguns dos seus objetivos, e deixou de alcançar outros, calma! A vida não é estática, o nosso cotidiano nos apresenta diariamente novidades, imprevistos, problemas, mas o principal é que o seu projeto esteja em “movimento”, contribuindo na e para suas realizações, desempenho, crescimento etc. Nesta linha você, assim como eu, entenderá a importância e a necessidade de cada projeto pessoal, familiar, social e/ou profissional. Então vamos rumo a nossas realizações e sucesso sempre.

Sugestão de leitura:

Mészáros, Istvan, 1930 -
A educação para além do capital/ István Mészáros; tradução Isa Tavares. - 2 ed. - São Paulo: Boitempo, 2008.

Obs: Este livro me ajudou a entender o papel e os limites da Educação Formal.

domingo, 18 de setembro de 2016

Formação Continuada


 
 
 
 
 
 
 
Formação Continuada

Como ter uma proposta de Formação Continuada, sem antes refletir sobre ela? A sua importância, seu objetivo, seus obstáculos e suas vantagens. O mundo ocidental, capitalista, neoliberal e sobre as cortinas da globalização nos direciona e engendra em um formato de viver e conviver que muitas vezes não correspondem ao nosso projeto profissional e de vida, e olhe lá, quando eles são possíveis de existir.

Ao pensarmos em Formação, automaticamente direcionamos os nossos pensamentos a escolarização formal, aos muitos anos de vida dedicados à escola, se muito avançarmos no pensamento, chegaremos ao conviver familiar. E estes espaços são com certeza, fundamentais em nossa formação, principalmente nas fases iniciais até o ensino fundamental. A partir do ensino médio nossa formação passará ser estimulada para o foco profissional e dai somos convidadas (os) a ingressar no mundo da competição, da disputa, das exigências do mercado, da comprovação do saber, das especializações etc. E qual a qualidade deste “avançar”, essa precisa ser a pergunta norteadora deste processo de desenvolvimento profissional. Faz-se necessário a consciência de cada aspecto que farão parte deste caminhar e principalmente aonde queremos chegar, como podemos verificar nas palavras do nosso ilustríssimo Paulo Freire, “Gosto de ser gente porque, inacabado, sei que sou um ser condicionado mas, consciente do inacabamento, sei que posso ir além dele” (Freire, 1996, pg. 53).

É neste sentido que o Projeto SSemdebate convida a todas (os), neste reconhecimento de sermos “inacabados” e buscarmos juntas (os) o desenvolvimento continuado, com qualidade e prazer. Esta proposta não pretende discutir apenas conteúdos já trabalhados em sala de aula, nossa proposta é ir além, no diálogo com a realidade, com o cotidiano, com as pessoas, com os movimentos, ou seja, com o que dará sabor, cor, sentido a nossa tão esperada “Formação Continuada”.
 
Leituras indicadas:

  • Lei de Diretrizes e Bases da Educação; Lei 9.394/96;
  • Freire, Paulo; Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa; São Paulo: Paz e Terra, 1996.

 


 

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

SSemdebate

Olá Pessoal,


O SSemdebate esta chegando para compartilhar um grande sonho, este projeto é um empreendimento que terá abrangência profissional e social, através de uma proposta de Formação Continuada para graduandas (os), profissionais de diversas áreas do conhecimento, bem como, para todas as pessoas apaixonadas pela busca do conhecimento, informações e muito mais que isso a possibilidade da aproximação da teoria com a prática, do abstrato com o concreto, do sonho com a realidade e da inquietação com a transformação.

Uma forma empreendedora de contribuir com a sua formação pessoal, profissional e social, aqui você terá a possibilidade de acessar conteúdos importantes para sua formação, compartilhar discussões sobre temáticas da sua área de formação e de áreas afins, ser informado das ações realizadas por este empreendimento que irá desde uma roda de conversa, palestras, seminários, aulas de campo, entrevistas com profissionais, aulas show, dentre outras atividades. Estarei abrindo espaço para apresentar outros trabalhos de relevância, de cunho social, informativo e cultural, bem como, dialogaremos com movimentos sociais, comunidades, organizações governamentais, não governamentais e estudiosos, artistas, grupos de mulheres, grupo de jovens e pessoas interessadas em compartilhar experiências, informações, sonhos etc.

Este projeto terá elementos  que lhe tornará especial, tendo o conhecimento e a troca de experiência como os principais fio condutores para o sucesso, e como qualquer ação de sucesso precisa ser passado adiante (socializado) como elemento motivador e estimulador da transformação e da felicidade. Neste sentido estarei compartilhando aqui cada atividade desenvolvida, seus registros, seus colaboradores, seus participantes e também estarei sempre atenta aos comentários, elogios, criticas e sugestões, pois é a partir destes elementos que crescemos, então esta combinado: cresceremos juntas (os). 

Vamos lá! Um mergulho ao conhecimento.